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NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA

A neuralgia pós-herpética (NPH) é uma complicação dolorosa que pode ocorrer após uma infecção pelo vírus varicela-zoster, o mesmo vírus responsável pela catapora. Após a catapora, o vírus pode permanecer dormente nos gânglios nervosos por muitos anos e, em algumas pessoas, pode se ativar mais tarde na vida, causando uma condição conhecida como herpes-zoster, também chamada popularmente de cobreiro.

A neuralgia pós-herpética é uma das complicações mais comuns do herpes- zóster e é caracterizada por dor crônica persistente na área onde ocorreu o surto de herpes-zóster. As principais características da neuralgia pós-herpética:

  • Dor Persistente: A principal característica da NPH é a dor persistente que pode durar meses ou até anos após a resolução da erupção cutânea do herpes-zóster. Essa dor pode variar de leve a intensa e ser descrita como queimação, pontadas, agulhadas, choques elétricos ou dor lancinante.
  • Localização da Dor: A dor da NPH está localizada na área onde ocorreu o surto de herpes-zóster, geralmente envolvendo uma faixa estreita de pele afetada pelas vesículas ou bolhas. A área afetada pode incluir o tronco, rosto, braços ou pernas, dependendo do nervo atingido pelo vírus.
  • Hipersensibilidade: A pele afetada pela NPH pode se tornar hipersensível ao toque, e mesmo estímulos leves, como roupas roçando na pele, podem desencadear dor intensa.
  • Parestesias: Além da dor, a NPH pode causar sensações anormais na pele, como formigamento, dormência, coceira ou sensação de queimação.
  • Agravamento dos Sintomas: Os sintomas da NPH podem ser exacerbados por estímulos externos como toque, temperatura, movimento ou estresse emocional.
  • Impacto na Qualidade de Vida: A dor persistente e debilitante da NPH pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente, interferindo nas atividades diárias, sono, mobilidade, humor e bem-estar emocional.

O tratamento da neuralgia pós-herpética pode ser desafiador e geralmente envolve uma combinação de medicamentos, terapias físicas, tratamentos tópicos e intervenções minimamente invasivas. Os medicamentos comumente prescritos incluem analgésicos, antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes e opioides em casos graves.

Terapias físicas, como acupuntura, fisioterapia ou estimulação elétrica transcutânea (TENS), podem ajudar a aliviar os sintomas. Em casos refratários, procedimentos minimamente invasivos, como bloqueios nervosos ou neurólise química e por radiofrequência, podem ser considerados.

O tratamento deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a resposta do paciente aos diferentes tipos de tratamento e seus seus efeitos colaterais.