DOR NO PARKINSON

A dor na doença de Parkinson (DP) é uma complicação comum e frequentemente subestimada associada a esta doença neurodegenerativa crônica que afeta principalmente o sistema nervoso central. Embora a dor não seja sempre reconhecida como um sintoma primário da DP, estudos mostram que até 85% dos pacientes com Parkinson podem experimentar algum tipo de dor em algum momento de sua doença.

O Que é a Dor na Doença de Parkinson:

A dor na DP refere-se a qualquer tipo de desconforto ou sensação dolorosa experimentada por pacientes com a doença. Ela pode ser causada por várias razões, incluindo alterações na sensibilidade, rigidez muscular, alterações posturais, desequilíbrio e disfunção do sistema nervoso central.

Características da Dor na Doença de Parkinson:

  1. Dor Musculoesquelética: A dor musculoesquelética é comum na DP e pode incluir rigidez muscular, dor nas articulações, dor nas costas, dor nos ombros, dor nas pernas e espasmos musculares. Esta dor muitas vezes resulta da rigidez muscular e da diminuição da mobilidade associadas à DP.
  2. Dor Neuropática: A dor neuropática é caracterizada por sensações de queimação, formigamento, choques elétricos ou dor lancinante. Isso pode ocorrer devido a danos nos nervos ou à sensibilização do sistema nervoso central.
  3. Dor de Origem Central: Alguns pacientes com DP podem experimentar dor de origem central, como dores de cabeça, dor facial ou dor abdominal. Essa dor pode estar relacionada a alterações no processamento da dor no cérebro.
  4. Dor Relacionada à Postura e Movimento: A dor associada à postura e ao movimento é comum na DP e pode ser causada por alterações na marcha, postura anormal, disfunção do equilíbrio e fadiga muscular.

Fatores Contribuintes para a Dor na Doença de Parkinson:

  • Alterações no Sistema Nervoso Central: As alterações neurodegenerativas no sistema nervoso central podem levar a disfunções na regulação da dor, aumentando a sensibilidade à dor em pacientes com DP.

  • Rigidez Muscular e Espasticidade: A rigidez muscular e a espasticidade, comuns na DP, podem contribuir para a dor musculoesquelética.

  • Alterações Posturais e de Marcha: As alterações na marcha e na postura associadas à DP podem aumentar o risco de quedas e lesões, resultando em dor relacionada a traumas físicos.

Impacto na Qualidade de Vida:

A dor na DP pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente, interferindo nas atividades diárias, sono, mobilidade, humor e bem-estar emocional. Pode contribuir para a fadiga, depressão, ansiedade e isolamento social.

Tratamento:

O tratamento da dor na DP geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir medicamentos para alívio da dor, terapia física, terapia ocupacional, técnicas de gerenciamento de estresse e exercícios de fortalecimento, entre outros. O tratamento deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade da dor, os sintomas associados e as necessidades específicas de cada paciente. Além disso, o controle eficaz da própria doença de Parkinson pode ajudar a reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida.