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DOR GINECOLÓGICA

A dor ginecológica refere-se a qualquer tipo de dor ou desconforto localizado na região pélvica de uma mulher, relacionada aos órgãos reprodutivos femininos. Essa dor pode variar em intensidade, duração e localização, e pode ser causada por uma variedade de condições ginecológicas. Ela pode afetar o útero, os ovários, as tubas uterinas, a vagina, a vulva e os tecidos circundantes.

Características da Dor Ginecológica:

  • Dor Abdominopélvica: Sentida na parte inferior do abdômen, na região pélvica, na virilha ou na região lombar.

  • Dor Durante o Sexo: Conhecida como dispareunia, é a dor experimentada durante a relação sexual e pode estar associada a condições ginecológicas.

  • Dor Durante o Ciclo Menstrual: A dor ginecológica pode se intensificar durante o período menstrual e estar associada a cólicas menstruais.

Principais Causas da Dor Ginecológica:

  1. Endometriose: Condição em que o tecido semelhante ao endométrio (tecido que reveste o útero) cresce fora do útero, causando dor pélvica, cólicas menstruais intensas e dor durante o sexo.
  2. Miomas Uterinos: Tumores não cancerosos que se desenvolvem no útero, podendo causar dor abdominal e pélvica, aumento da frequência urinária e dor durante as relações sexuais.
  3. Cistos Ovarianos: Bolsas cheias de líquido que se formam nos ovários e podem causar dor abdominal ou pélvica, dor durante o sexo e alterações no ciclo menstrual.
  4. Doenças Infecciosas: Infecções do trato genital, como infecções do trato urinário, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e infecções do trato reprodutivo, podem causar dor pélvica e desconforto.
  5. Endometrite: Inflamação do revestimento interno do útero, resultando em dor pélvica, sangramento anormal e febre.
  6. Adenomiose: Condição em que o tecido endometrial cresce na parede muscular do útero, causando dor pélvica crônica, sangramento menstrual intenso e aumento do útero.
  7. Síndrome do Ovário Policístico (SOP): Condição hormonal que causa desequilíbrios hormonais, levando a cistos nos ovários, irregularidades menstruais, dor pélvica e dificuldade para engravidar.

Diagnóstico e Tratamento:

  • Diagnóstico: Envolve uma combinação de histórico médico, exame físico, exames de imagem (como ultrassonografia) e, às vezes, procedimentos diagnósticos específicos (como laparoscopia).

  • Tratamento: Dependente da causa subjacente da dor e pode incluir:

  • Medicamentos: Para controle da dor e tratamento das condições subjacentes.

  • Terapias Hormonais: Para condições como endometriose e SOP.

  • Cirurgia: Para remoção de cistos, miomas ou endometriose.

  • Fisioterapia: Para melhorar a função e aliviar a dor.

  • Mudanças no Estilo de Vida: Incluindo ajustes na dieta e no exercício físico.

  • Medidas de Autocuidado: Como aplicação de calor e técnicas de relaxamento.

  • Terapias Intervencionistas: Incluindo bloqueios e neuromodulação para alívio da dor.

É fundamental que as mulheres com dor ginecológica persistente ou grave consultem um médico para uma avaliação detalhada e tratamento apropriado. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a aliviar os sintomas, tratar condições subjacentes e melhorar a qualidade de vida.